Cartões de Memória
Cada pessoa, quando nasce, devia vir equipada com vários cartões de memória, tal como se fosse uma máquina fotográfica.
Esses cartões de memória seriam trocados de vez em quando. Havia uma espécie de ecoponto, onde de tempos a tempos, eram depositados os cartões e levantados outros novos: os que tinham sido utilizados por outras pessoas.
Naquele depósito havia a distinção por cidades, bairros, ruas, aldeias, lugares...
Para que servia?
Para que cada um se visse a si próprio, pelas memórias dos outros. Para ver como é, aos olhos dos outros. Certas pessoas precisam disso, de ter a memória do outro, de viver a memória do outro.
A isso chama-se empatia.
Há pouca gente empática. A maioria gosta de se sentir muito bem calçadinha nos seus sapatos, nunca ousando experimentar espreitar para dentro de si. Muito memos para dentro dos outros, pondo-se no seu lugar.
Há cada vez menos gente com empatia.Seja aqui, seja numa cidade longe. Num outro País.
Anda tudo muito excitado consigo mesmo.
E pois sim, isso faz-me muita confusão. Não sei porquê.
Esses cartões de memória seriam trocados de vez em quando. Havia uma espécie de ecoponto, onde de tempos a tempos, eram depositados os cartões e levantados outros novos: os que tinham sido utilizados por outras pessoas.
Naquele depósito havia a distinção por cidades, bairros, ruas, aldeias, lugares...
Para que servia?
Para que cada um se visse a si próprio, pelas memórias dos outros. Para ver como é, aos olhos dos outros. Certas pessoas precisam disso, de ter a memória do outro, de viver a memória do outro.
A isso chama-se empatia.
Há pouca gente empática. A maioria gosta de se sentir muito bem calçadinha nos seus sapatos, nunca ousando experimentar espreitar para dentro de si. Muito memos para dentro dos outros, pondo-se no seu lugar.
Há cada vez menos gente com empatia.Seja aqui, seja numa cidade longe. Num outro País.
Anda tudo muito excitado consigo mesmo.
E pois sim, isso faz-me muita confusão. Não sei porquê.
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