O dia seguinte.

(isto é o nome de um programa de "bola" na sic notícias, e que o tema da bola também se exige neste dia seguinte...)

Ontem foi o Dia da Mãe, e foi dia de bola.
Hoje é o dia seguinte.

É o dia de quem não é Mãe.
A minha amiga Susana, uma "irmã" da escrita, lembrou-se disso ontem, e escreveu assim:

Hoje é dia da mãe. Se o mundo fosse, efectivamente, justo, amanhã deveria ser o dia daquelas que não podem ser mães por vicissitudes várias como os caprichos da natureza ou mesmo por causa da crueldade de outros.

A natureza é cruel, sempre o disse. Ela é Rainha e soberana. Nós, os Homens, é que ainda julgamos ser superiores a ela. Um vulcão paralisou quase o mundo inteiro durante uma semana, as suas consequências são incontáveis.
A natureza decide quem será Mãe, o Homem ainda a pode contornar, mas efectivamente é ela que julga.

A palavra "sentença" é demasiado forte, mas eu aceito essa espécie de condição a que me julgo, por agora, confinada.
Um dia sei que serei Mãe, pois como qualquer mulher o desejo, sendo que já me habituei a viver com essa sede.
Um dia esse dia será meu, por agora resta-me o dia seguinte.

Comentários

Anónimo disse…
Não sei por onde começar.Não sei por onde começar e não sei onde está a tal ponta de uma linha por onde se começa.Vou procurar a linha e já volto.
A crueldade maior é esta imposição de uma decisão que deveria ser só nossa. E mais revoltante ainda é que, além da natureza, também pode acontecer que quem nos impõe esta "opção" de vida seja outra pessoa.

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