Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

Apresentados

Um conto para o meu Pai

  Um conto para o meu Pai 13 agosto 1944 - 1 Maio 2023 Hoje vai chover. De certeza.  Quinho ainda deitado na cama, já tinha sentido o calor durante a noite – sabia que iria chover.  A chuva iria cair em pedaços de água, tão grandes e tão fortes, que ao bater no chão são como pregos a enfiarem-se na terra. E o barulho será ensurdecedor. E depois, a trovoada vem rebentar no ar. Como foguetes atómicos. Cada trovão desfaz o ar e reza-se para que não caia na cabeça de alguém.  Quando  Quinho saiu, o  céu já se estava a tingir pelas gotas escuras, a formar o contorno de cada nuvem . Caminha até ao mercado para ir buscar o mata-bicho: um pão e duas maçarocas. Pela estrada cruzam as bicicletas, os chapas carregados de pessoas, cabras, sacos de mandioca e carvão.  As crianças correm descalças e Quinho olha para os seus pés – tinha umas chanatas novas de napa escura.  Ele gosta de ir andando a cruzar-se com as pessoas e a sentir a movimentação da pequena cidade junto à montanha. As mangas e o an

Mensagens mais recentes

Novos Começos

Life is fragile like a raindrop on a lotus leaf

Africa Blues

Março és tu

Estamos sempre a meio

O que mudas hoje sobre o que fizeste ontem?

Tudo é transitório

Somos o que lemos, e mais

Born at the right time

Quando te serves de um lugar para fugir