o corpo é que paga...

 
Isto de se ter um filho, ou seja, de parir, é muito lindo, sim senhora.
Somos uma leoas, não há homem que aguente esta dor, temos uma coragem e uma força não-terrestre, dormimos uma hora na primeira noite e duas na segunda, e mesmo assim amamentamos a cria, lambemos-lhe a cara, não pomos álcool a 70º nos olhos e soro no umbigo, não o vestimos do avesso, não deixamos de lavar a cabeça e pôr um bocado de pó bronzeador na cara, não senhora.
 
Mas cheira-me que o corpinho é que paga...
 
Estava na Maternidade e pensava que a natureza, afinal, não seria assim tão perfeita porque no momento de maior exaustão física, psicológica e emocional da minha vida, havia uma criatura que precisava de mim a 100% físico, psicológico e emocional.
É um momento, são umas horas, uns dias, porque, afinal, tudo tem o seu tempo.
E talvez eu não estivesse assim tão cansada.
 
Isto tudo para dizer que retomei as minhas rotinas, uma delas sendo o exercício físico que há mais de 9 meses me abandonou. E o horror que foi o recomeço.
Só de subir as escadas no Centro de Saúde para fazer o teste do pezinho, quatro dias depois, achava que me dava uma patalepa ali mesmo, nos degraus, em que velhotes de andarilho ultrapassavam-me pela esquerda.

Mas tudo vai ao sítio...
 
Dez dias depois de parir, meti-me num ginásio, com ginástica pós parto, que mais parecem aulas da tropa, ou podem ser mesmo sessões de fuzileiros ou comandos, com soutiens de amamentação e barrigas de gelatina.
Aquilo é um terror pegado.

E antes das aulas esfrego sempre o nariz neste cartaz motivacional que está colado nos balneários...
É verdade, Rita.
Lembra-te bem e põe a cabecinha no lugar que o corpinho vai lá chegar.
 
 
 
 


Comentários

Anónimo disse…
É tudo isso mais aquilo que tu ainda não viste.Sempre com a tal enorme ternura que está e estará sempre presente.O tal mistério.

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