Patchwork

Não gosto de coser. Mas gosto de retrosarias. Das caixas de botões e colchetes, fitas de seda e de nastro, e fitas de franzir e entretela com fitas métricas, tesouras, dedais e almofadinhas com agulhas e carrinhos de linhas de todas as cores.
Quando era pequena, a minha Mãe tinha uma caixa de costura que era o meu entretem preferido - eu pedia-lhe se podia arrumar a caixa, enquanto ela costurava dezenas de coisas. Nunca achei graça nenhuma a costura - mas sempre adorei as "ferramentas".

Há pouco resolvi aproveitar a boa vontade de uma amiga e disse-lhe que queria aprender "patchwork", no seu nome científico: quilting.
Mas disse-lhe logo: eu odeio coser e não sei coser à máquina... ela disse-me: eu também, e só tens de coser à mão...
Então, vamos a isso!

Pois sinto-me uma conquistadora! Juntar pedaços de tecido, como quem faz experiências nas aulas de físico-química é delicioso! A cabeça vagueia para outros mundos, que quando escrevemos não conseguimos, pois o cérebro pensa com as minhas mãos - a escrita toma conta de tudo. No patchwork é só deixar as mãos cumprir as regras e seguir os passos. Ou seja, não é preciso saber costurar para o fazer, há que seguir os passsos - se os segues, consegues.

O patchwork é justo. Não põe de lado os desajeitados que mal conseguem pregar um botão numa camisa, aceita todos. É uma questão de seguir as regras do jogo.

É a democracia na costura e isso deixa-me feliz!

Comentários

Anónimo disse…
É bom ver que te safas sempre neste mundo «cão»!
Contornas as dificuldades e sobretudo pareces não ter medo delas.....e sei bem que as tens tido no teu percurso de vidas.

FORÇA E TOMA DESDE JÁ BALANÇO PARA O TEU PRÓXIMO DESAFIO.

Mensagens populares