Tempo e Memória
Chove em Lisboa.
O raio da chuva traz-me as palavras que afinal ficaram há dias afundadas em nuvens.
Andei dias à procura delas, andavam esquivas e fugidias.
Vêm devagarinho. Não é uma torrente de palavras é só assim um aguaceiro.
O que já não é nada mau.
Foi a chuva e antes disso tinham sido uns calções de ganga.
Passo a explicar.
Com este calor resolvi amputar umas calças de ganga, de tesoura na mão e a direito cortei-lhe as pernas. Vesti-as. Fiz duas dobras nas bainhas cortadas e fiquei a olhar para os meus calções de ganga.
E de repente, foram milésimos de segundos, tão poucos que nem há tempo para os contar, mas de repente, tinha 15 anos e estava de bicicleta a caminho do Guincho com a mochila às costas.
Tempo e Memória, é só o que é preciso para escrever.
O raio da chuva traz-me as palavras que afinal ficaram há dias afundadas em nuvens.
Andei dias à procura delas, andavam esquivas e fugidias.
Vêm devagarinho. Não é uma torrente de palavras é só assim um aguaceiro.
O que já não é nada mau.
Foi a chuva e antes disso tinham sido uns calções de ganga.
Passo a explicar.
Com este calor resolvi amputar umas calças de ganga, de tesoura na mão e a direito cortei-lhe as pernas. Vesti-as. Fiz duas dobras nas bainhas cortadas e fiquei a olhar para os meus calções de ganga.
E de repente, foram milésimos de segundos, tão poucos que nem há tempo para os contar, mas de repente, tinha 15 anos e estava de bicicleta a caminho do Guincho com a mochila às costas.
Tempo e Memória, é só o que é preciso para escrever.
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BEM HAJA!