quem procura, encontra!




 
Muitas vezes penso que  isto das memórias e histórias de família é como ir fazer análises: se procuramos, havemos de encontrar qualquer coisa!
Há sempre qualquer coisa "escondida" no meio de um todo que se julga muito arrumadinho.
Eu tenho um fraquinho por esses "mistérios", sempre tive.
Em pequenina gostava de conhecer outras casas, assim meio antigas e velhas, metidas no meio de uma serra ou no fundo de uma rua - eram tesouros escondidos. Ao contrário de ter medo, atraiam-me esses universos.
Agora, na minha busca pelos meus antepassados, do lado Rugeroni, fui até à Fundação Arpad Szenes Vieira da Silva. E abri uma caixa cheia de cartas. 
Quase tinha a certeza que iria encontrar cartas da minha Avó, enviadas à sua prima direita, a Maria Helena Vieira da Silva.
A minha Avó Berenice e a letra dela, belíssima. Aliás, as minhas duas Avós tinham uma letra lindíssima.
E para tornar o momento ainda mais intenso, porque afinal eu gosto mesmo disto, juntei-lhe a aliança ao nome. Coincidência ou não, eu tenho a mesma medida de dedos da minha Avó, tendo ficado com os anéis dela, porque todos me cabem.
Anéis, dedos, escrita, letras, cartas... Um triunvirato de mulheres cheias de garra, artistas, independentes, inteligentes, decididas, mas sempre mulheres - sempre apaixonadas pelo romance.
Tenho imenso orgulho e sinto imenso respeito por este passado que faz parte de mim e que eu tanto prezo. 

Comentários

Ana Pedro disse…

Olá!

Tinha saudades da sua escrita...não a visitava à uns tempos...consegue abstrair-me do mundo enquanto "a leio".....

Obrigada!
Ana Pedro

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