Carris de palavras
Já aqui tinha falado que gosto de metros. Gosto porque são como veias de um enorme corpo que é uma cidade.
Gosto ainda mais quando se fazem dos espaços urbanos, meios de comunicação com a pessoa. Quando há literatura no metro. Quando se põe ao alcance de todos aquilo que era apenas de um.
E podemos optar. Ou a queremos também ou esperamos pelo próximo comboio.
Eu não só a quero como a registo, fotografando-a.
Não há outro canal de comunicação como a nossa própria voz. Quando repetimos uma frase, lendo-a cá dentro ela é absolutamente nossa.
Os azulejos são generosos e oferecem a leitura. Todos os dias, todos os minutos.
É bom haver dias assim.
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