Andorinhas
Não sou eu, são elas que me pedem para escrever.
Andam aqui de roda de mim, estou a ouvi-las neste mesmo instante do outro lado do vidro. Ao mesmo tempo que ouço os canários das vizinhas, a conversa do vizinho, os sons dos quintais vizinhos quando a Primavera começa a despontar.
Mas deixemo-nos de Primavera, por que ela vai teimar, e falemos antes delas - das andorinhas que me levam a escrever.
A semana passada ouvi uma pela primeira vez, ontem novamente e hoje já em bandos!
Todos os anos quando ouço as andorinhas pela primeira vez penso sempre em escrever na agenda: "enviar recibo; ligar ao José; almoço com Joana; andorinhas chegaram; anos Luís; ..."
e por aí fora.
Ouvir as andorinhas pela primeira vez no ano é como se fosse uma data de nascimento/ baptizado/ casamento/ ... é uma efeméride, que para mim, tem um enorme peso.
Adoro o som das andorinhas - acho que me estou a viciar nisso, acho que o vou gravar para ouvir durante aqueles dias sinistros de Inverno que eu tanto ando a odiar.
É um som rápido, agitado, enérgico, cheio de vida. Trazem calor com elas, trazem rasgos de voos cortados que quase nos atingem, trazem vida nos ninhos que voltam a ocupar, trazem memórias que nos faltam nos dias sempre iguais.
Anunciam uma chegada, preparam um começo.
E lá ando eu a falar da natureza e dos ciclos, das coisas redondas que eu tanto gosto, como bolos e ciclos da vida, números e assuntos que começam e se fecham em si mesmos.
As andorinhas vêm repetir os ciclos, iniciar o que deixaram no fim, preencher os ninhos redondos com ovinhos redondos. Cumprir o seu papel.
As andorinhas são compactas e organizadas - tipo um filo-fax com asas.
Gosto de agendas e gosto de andorinhas.
Andam aqui de roda de mim, estou a ouvi-las neste mesmo instante do outro lado do vidro. Ao mesmo tempo que ouço os canários das vizinhas, a conversa do vizinho, os sons dos quintais vizinhos quando a Primavera começa a despontar.
Mas deixemo-nos de Primavera, por que ela vai teimar, e falemos antes delas - das andorinhas que me levam a escrever.
A semana passada ouvi uma pela primeira vez, ontem novamente e hoje já em bandos!
Todos os anos quando ouço as andorinhas pela primeira vez penso sempre em escrever na agenda: "enviar recibo; ligar ao José; almoço com Joana; andorinhas chegaram; anos Luís; ..."
e por aí fora.
Ouvir as andorinhas pela primeira vez no ano é como se fosse uma data de nascimento/ baptizado/ casamento/ ... é uma efeméride, que para mim, tem um enorme peso.
Adoro o som das andorinhas - acho que me estou a viciar nisso, acho que o vou gravar para ouvir durante aqueles dias sinistros de Inverno que eu tanto ando a odiar.
É um som rápido, agitado, enérgico, cheio de vida. Trazem calor com elas, trazem rasgos de voos cortados que quase nos atingem, trazem vida nos ninhos que voltam a ocupar, trazem memórias que nos faltam nos dias sempre iguais.
Anunciam uma chegada, preparam um começo.
E lá ando eu a falar da natureza e dos ciclos, das coisas redondas que eu tanto gosto, como bolos e ciclos da vida, números e assuntos que começam e se fecham em si mesmos.
As andorinhas vêm repetir os ciclos, iniciar o que deixaram no fim, preencher os ninhos redondos com ovinhos redondos. Cumprir o seu papel.
As andorinhas são compactas e organizadas - tipo um filo-fax com asas.
Gosto de agendas e gosto de andorinhas.
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