Um desabafo - III
Quis o destino, o sol do dia, a chuva que se calou, o frio que voltou ou simplesmente quis o destino, que eu escrevesse assim.
Assim, como?
Assim, sobre coisas, que são no final de tudo e de mais o que o destino quis, "fofinhas" e talvez cor de rosa de mais. E aqui me confesso.
Eu escrevo sobre as casas, o cheiro das casas e as molduras de fotografias a preto e branco. Sobre casas de famílias, de gente que nasce e morre em casa, de papel de parede amarelado, de caixas cheias de cartas que guardam segredos. De chás ao final da tarde, de jogos de cartas à luz das velas, de cigarros longos e horas de corda.
Dos jardins dessas casas, de relva mole e árvores caídas, canteiros de flores soltas e um cão ou gato perdido.
Sobre ruas de pedras gastas, roupa à janela e miúdos que jogam à bola nos pátios vazios.
Sobre mulheres e sobre as mães e as irmãs. Sobre mulheres apaixonadas, sonhadoras e interessantes.
São tudo coisas "fofinhas", mas é sobre isto que eu gosto de escrever.
Sobre as famílias, cheiros e lugares. Sobre a sempre esperança do sonho e da aventura. A força da vida e do destino. Sobre tudo o que compõe uma família, os medos e as desilusões, as angústias e o sofrimento. Mas também os sonhos e a partilha.
Sobre o bom da partilha e da dádiva. A generosidade e os laços.
Gosto de escrever sobre os laços e nós que a vida vai tecendo, sempre à nossa margem e muitas vezes contra a nossa vontade. Atamos e desatamos laços. Cabe a cada um de nós saber onde estão esses laços e procurá-los no meio da corda.
Gosto de escrever sobre as famílias e sobre as casas. E sobre o interior de cada uma delas.
É "fofinho" e talvez seja um cliché, um lugar comum, mas é sobre isto que eu gosto de escrever.
Ou talvez já não seja nada disto e faço aqui a minha passagem para um outro lado.
Mas tinha de a escrever ainda deste lado.
Terá sido isto uma despedida?
Assim, como?
Assim, sobre coisas, que são no final de tudo e de mais o que o destino quis, "fofinhas" e talvez cor de rosa de mais. E aqui me confesso.
Eu escrevo sobre as casas, o cheiro das casas e as molduras de fotografias a preto e branco. Sobre casas de famílias, de gente que nasce e morre em casa, de papel de parede amarelado, de caixas cheias de cartas que guardam segredos. De chás ao final da tarde, de jogos de cartas à luz das velas, de cigarros longos e horas de corda.
Dos jardins dessas casas, de relva mole e árvores caídas, canteiros de flores soltas e um cão ou gato perdido.
Sobre ruas de pedras gastas, roupa à janela e miúdos que jogam à bola nos pátios vazios.
Sobre mulheres e sobre as mães e as irmãs. Sobre mulheres apaixonadas, sonhadoras e interessantes.
São tudo coisas "fofinhas", mas é sobre isto que eu gosto de escrever.
Sobre as famílias, cheiros e lugares. Sobre a sempre esperança do sonho e da aventura. A força da vida e do destino. Sobre tudo o que compõe uma família, os medos e as desilusões, as angústias e o sofrimento. Mas também os sonhos e a partilha.
Sobre o bom da partilha e da dádiva. A generosidade e os laços.
Gosto de escrever sobre os laços e nós que a vida vai tecendo, sempre à nossa margem e muitas vezes contra a nossa vontade. Atamos e desatamos laços. Cabe a cada um de nós saber onde estão esses laços e procurá-los no meio da corda.
Gosto de escrever sobre as famílias e sobre as casas. E sobre o interior de cada uma delas.
É "fofinho" e talvez seja um cliché, um lugar comum, mas é sobre isto que eu gosto de escrever.
Ou talvez já não seja nada disto e faço aqui a minha passagem para um outro lado.
Mas tinha de a escrever ainda deste lado.
Terá sido isto uma despedida?
Comentários
Para nós estás sempre ao nosso lado!
God bless you both!