folhas essenciais
Há coisas essenciais.
Tanto pode ser a mala preta, a camisa branca ou o sobretudo de camelo, na versão Blog fashionista, ou um café, um chiado e o Borda d'Água, na versão Blog "Bolo de Arroz".
E não deixa de ser engraçado que tanto o bolo como o boletim, não são nada fáceis de manusear.
Nunca sei bem comer as fatias fininhas com recheio de doce de ovos, não sei se coma à mão, se corte com o garfo e faca, se utilize a colher (que já nos dão, tal é a tarefa) para ir minizando as migalhas; só sei que o que faço nunca dá para comer o bolo típico da Tartine de forma airosa e limpinha.
Já o Borda d'Água tenho de o cortar todo com a faca das cartas, que as folhas vêm todas coladas umas nas outras e é preciso abri-las como nos livrinhos de impressão baratucha.
Folhas e folhas. De pasta filo, de papel, de calendários, de doces de ovos.
São as minhas fugidas de Cascais ao centro do Chiado, os bocadinhos de Lisboa que são só meus, o Senhor dos jornais no Calhariz, as horas de almoço pela Rua Garrett.
Eu, Lisboa, palavras escritas com os dias de semear, café e bolos bonitos.
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