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Já tinha dito da minha apetência pelas drogarias. Também disse na altura que as mercearias era outra das minhas fraquezas - é isso e sapatos que me sirvam, sacos (das lojas boas), as revistas daquela tabacaria nos Restauradores, arrumações que incluam deitar coisas fora, coisas com açúcar, lojas (dos sacos bons), ... entre outras.

No próximo mês, de Junho, da criança, de Portugal, do Corpo de Deus, do Santo António e do Primeiro dia de Verão (ufa), falarei, gente minha, que lerdes este Blog singelo, mais em detalhe das minhas fraquezas.

Bom, mas agora as mercearias. Aqui a questão do cheiro não é tão essencial. Aqui o essencial é a arrumação juntamente com a variedade de coisas muito diferentes e juntas num espaço tão pequeno.
Estamos a ver pacotes de massa e esticamos o braço e temos logo ali sabonetes de alfazema "Feno de Portugal". Vamos buscar uma caixa de ovos e em cima temos lenços de papel "Elos".
Está tudo juntinho. Apetece encher um cestinho de coisas inúteis, tipo essência de baunilha e molho inglês.

É um caos organizado, como nas drogarias, em que cada pessoa que entra encontra o seu caminho por entre os corredores apertados. Há algum silêncio e calma associada em ir à mercearia, não há pressa, nem gente com pressa à nossa volta - são quase centros de yoga-urbano!
Não há o megafone a dizer: "menáge à caixa 2"; não existem carrinhos empanados, gente com cupões nas mãos tipo dossier de facturas. Não há sofreguidão de gente que se procura por entre milhares de metros quadrados de azulejo e milhões de embalagens e pacotes.

Nas mercearias e nas drogarias só vai quem quer e só lá entra quem lá se sentir bem. Eu sinto-me sempre bem, mesmo quando entro pela primeira vez em que tenho de justificar bem a minha presença. Ir só por ir, não dá.
Nos hiper-mega-super mercados entram todos e todos querem lá entrar, dá para ir só por ir, há megafones e carrinhos empanados, gente sofrega e perdida.

Sei que são os sinais do tempo. Não digo que está bem ou mal.
É o que é.

Comentários

Anónimo disse…
Pois é!

Sou da mesma opinião e ainda ontem roguei pragas por me terem enfiado num mini-centro comercial, em pleno Chiado, que, apesar de ter uma muralha fernandina no interior e tecto em ripas douradas, não tem ponta de graça!!!

Mal me apanhei na rua da Misericórdia respirei ar puro e entrei logo numa tabacariasinha minúscula onde também havia milhares de artigos, mas infelizmente sem as etiquetas que procurava para colar nos frascos de doce de alperce.
Anónimo disse…
"Ménage à caixa 2" no megafone é lindo!!.. maior indicador de progresso só a enorme escada rolante a céu aberto que colocaram recentemente no meio da vila piscatória onde passava todos os verões quando era pequena. Quando fores ao Algarve não deixes de visitar a nossa pequena Las Vegas, i.e. Albufeira! bjs desta tua fã (mori)

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