Montra da Pastelaria
Partilho convosco este espectacular exemplar de vitrinismo popular urbano-pasteleiro! E como eu gosto desta coisa de se encherem prateleiras de pastéis de nata, brigadeiros, rochas, bolo de ananás, bolacha coração, tarte de amêndoa, pingos de tocha, suspiros, bom-bocados e o céu é o limite! E ainda há espaço para garrafas de vinho de Porto! Isto, é uma coisa muito portuguesa!
Em nenhum outro lugar do planeta se enchem 2 metros quadrados de vidro com tantos quilos de bolos e de calorias. É uma catarse de açúcar, gordura e mau gosto que eu assumo desde já que: ADORO!
Tudo ali enfiado. Tudo ali para o freguês apreciar. Qual manifestação de arte, de engenho, de perícia em encavalitar 19 variedades num só lugar.
Nenhum engenheiro projectista alemão chega aos calcanhares dos empregados das Pastelarias da Baixa, que com os seus paninhos húmidos esfregam o vidro verde, grosso e riscado do balcão e produzem estas verdadeiras esculturas boleiras!
Já esteve mais longe a minha tese de doutoramento acerca deste fenómeno tão Português a que se dá o nome de: Pastelarias.
Dá-se ao nosso povo o mérito da via verde e dos Descobrimentos, mas as pastelarias, os seus empregados e a capacidade de invenção e criação de nomes dos bolos é já um standard nacional!
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