Dúvidas, questões e inquietações

Tinha este Blogue uns escassos dias de vida e eu já aqui falava acerca dos velhos.
E voltei ao mesmo tema ainda aqui quando começou esta calamidade das mortes solitárias.
Maria de Jesus e Maria Manuela viviam a escassos passos de minha casa. Na verdade, passo ao fundo dessa mesma rua onde moravam e foram encontradas mortas, todos os dias, quando ando às voltas com o Flash.
Já estacionei o carro à porta daquele prédio.
Pronto.
Agora, tudo se torna mais complicado. Uma pessoa sente na pele. A proximidade é demasiada.
O Flash podia até ter levado uma festinha de uma das velhotas.
E quando morre um velho, morre uma história de vida. Inteira. Acabou-se. Finito.
O Coração Amarelo (também ali em baixo nos links) já faz o acompanhamento de idosos em situação de extremo isolamento, a Miserícórdia de Lisboa também. Mas não chega.
Há muitos mais.
Como iremos conseguir saber onde estão, cada um deles?

Mais um ponto de interrogação na minha cabeça, entre:
  • como conseguir criar um "banco de medicamentos"?
  • como encontrar um sistema de identificação para casas de idosos em situação de isolamento (sem se tornar num chamamento aos ladrões)?
  • como imaginar uma espécie de "torre do tombo da vida" em que cada pessoa era livre de lá deixar as suas memórias para quem as quisesse consultar? 
Falar não chega, já sei.
Mas por agora, só me resta isso.

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