Da Vontade ao Fazer

Ora, eu bem sei que fui uma das defensoras do fim do extenso Verão que se fazia sentir.
Nunca falei em chuva e em ventos de 150 km/h, mas parece-me que o meio termo é coisa a que a meteorologia não assiste nos dias que correm. É tudo em extremo.
Eu queria era frio. Já não posso ouvir o meu Príncipe a reclamar: "como é possível alguém gostar disto?? queriam o fim do calor, já têm!! cambada de anormais!!", eu respondo: "mas amorzinho, eu sou uma dessas pessoas que queria o fim do calor...", ele diz: "eu sei!! eu sei!!"

Ultrapassando a fase meteorológica, vem então a fase mais plástica da coisa. Ou seja, quando retiramos as botas do fundo do armário, calçamos meias, pegamos no chapéu-de-chuva, molhamos a ponta do pezinho na poça de água, quando o cabelo fica esquizofrénico e suamos no Metro como se fosse uma sauna.
Mas vamos! É o momento de recomeçar!

Tirando a chuva, as poças, o vento e os montes de folhas que se acumulam em esculturas de papier mâché, é tempo de recomeçar!
Começando pela ída às bilheteiras dos espectáculos (a tão esperada "abertura da temporada") e sessões contínuas de cinema (não perder o DOC Lisboa, gentes da cidade!) passei aos cursos.
Ontem tive a primeira aula do Curso Complementar de Formação em Filosofia, na Universidade Nova. O primeiro módulo é "História das Ideias".
Foi absolutamente maravilhoso e dei cabo da média de idade da turma - é como se tivesse a ter aulas com os meus Pais e os amigos deles. O que até gosto e gostei mesmo do Professor, de duas horas que passaram a correr. De conversar sobre um abstracto que no fundo é parte do nosso dia. Aprender a relativizar (eu que já me achava uma pessoa dada ao relativismo, então ali nadamos nessa premissa), observar o que temos, recuperar o que foi feito e analisar.
Daqui a duas semanas começo um outro curso de escrita, desta vez "Biografias e Histórias de Família", mesmo ao lado de casa, na "Escrever, Escrever".
Ou seja, tudo está em movimento para estes lados.
E ainda haveria uns cursos de cozinha a rematar, mas por agora ficamos por aqui.

É importante quando passamos da vontade ao fazer.
Passamos muito tempo a pensar que gostariamos de fazer isto ou aquilo, mas depois não fazemos nada, quando o fazer é tão simples como muitas vezes pesquisar no Google. Procure-se o movimento da vontade, fazendo e agindo!

Padre António Vieira, talvez "o" maior filósofo português de sempre, dizia:
"Só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos."

Comentários

Anónimo disse…
Em minha opinião enquanto gostamos de fazer uma tarefa que nos dá gosto,tudo bem.Se se trata de uma tarefa pouco interessante já não é assim e então é que não existimos e então só duramos.É assim e acho que sempre será assim.Umas pessoas gostam gostam de fazer vários tipos de tarefas outras não.É assim é a natureza.Há que falar acerca da natureza.

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