Houve um dia em que vesti isto...
Há uns quantos Blogs, em especial os do mulherio, onde é tudo a postar os looks do dia, da semana, do mês, as tendências, o raio que a parta.
Desde o momento em que mostrar-se aquilo que se veste é interessante, além de gerar uma espécie de curiosidade mórbida do outro lado, só me faz chegar cada vez mais rapidamente à conclusão de que somos um bicho (vou ali ao dicionário de sinónimos): anormal, cariado, corrupto e podre.
Sendo assim, e como hoje é 6ªfeira, apeteceu-me dizer que vesti isto num dia qualquer.
E digo também que a saia e o lenço foram comprados no mercado das calamidades em Pemba.
A 2,5€ e 0,50€, respectivamente. O lenço até tem etiqueta da H&M.
E já agora, porque quando leio que há quem ainda vai abrir lojas de roupa, sapatos e tralha que mais mês menos mês vai estar num mercado de calamidades algures num País africano a muitos quilómetros daqui, fico ainda mais certa da minha listinha de nomes giros que saquei do dicionário de sinónimos.
Das primeiras coisas que rapidamente adoptámos em Pemba, no Ibo então nem se fala, foi um código de vestuário muito simples e descomplexado. É verdade que o calor ajuda e claro, punha sempre uns brincos ou uma pulseira. Mas esta pura escravidão da moda em que se vive no mundo ocidental é sufocante.
Cabelinho lavado, unhas arranjadas, cheirinho a perfume, isso digo a tudo que sim! Não me confundeis!
Não estive um ano a viver em Moçambique para vir dar lições a ninguém, e falo contra mim que adoro umas ídas à Zara e sofro de obsessão aguda por sapatos, mas nada como parar e pensar.
Parar e pensar.
Desde o momento em que mostrar-se aquilo que se veste é interessante, além de gerar uma espécie de curiosidade mórbida do outro lado, só me faz chegar cada vez mais rapidamente à conclusão de que somos um bicho (vou ali ao dicionário de sinónimos): anormal, cariado, corrupto e podre.
Sendo assim, e como hoje é 6ªfeira, apeteceu-me dizer que vesti isto num dia qualquer.
E digo também que a saia e o lenço foram comprados no mercado das calamidades em Pemba.
A 2,5€ e 0,50€, respectivamente. O lenço até tem etiqueta da H&M.
E já agora, porque quando leio que há quem ainda vai abrir lojas de roupa, sapatos e tralha que mais mês menos mês vai estar num mercado de calamidades algures num País africano a muitos quilómetros daqui, fico ainda mais certa da minha listinha de nomes giros que saquei do dicionário de sinónimos.
Das primeiras coisas que rapidamente adoptámos em Pemba, no Ibo então nem se fala, foi um código de vestuário muito simples e descomplexado. É verdade que o calor ajuda e claro, punha sempre uns brincos ou uma pulseira. Mas esta pura escravidão da moda em que se vive no mundo ocidental é sufocante.
Cabelinho lavado, unhas arranjadas, cheirinho a perfume, isso digo a tudo que sim! Não me confundeis!
Não estive um ano a viver em Moçambique para vir dar lições a ninguém, e falo contra mim que adoro umas ídas à Zara e sofro de obsessão aguda por sapatos, mas nada como parar e pensar.
Parar e pensar.
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